Há vinte e poucos anos atrás assistia de perto, num jardim perto de casa, a malta a chutar heroína nas veias. As pedradas naquelas cabeças eram intensas e os corpos perdiam vivacidade e cor. Hoje chutamos todos, diariamente, as pedradas que um vírus nos dá. O corpo também perde a vivacidade de outros tempos e muitos de nós, ficam acinzentados, sem cor. Um vírus, invisível, que não chutamos nas veias, mas sim na cabeça. Há trips que dão para euforia, outras para o caos e o medo. Este vírus é viciante. Vicia uma sociedade inteira. Todos nós o consumimos diariamente, com a informação e desinformação que nos entra pela cabeça.
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