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Uivo Zebra | Uivo Zebra

Atualizado: 5 de mar. de 2019



 

Podem ouvir aqui.

Edição | 2018

Editora | Bocian


O primeiro deste ano a entrar no blog e fica aqui a confissão: existem poucas coisas de que me arrependo na vida mas ter falhado o concerto de Uivo Zebra na SMUP é uma delas!

Comecei a ouvir e a primeira coisa que senti foi "este power trio está muito controladinho". E claro que estava! Era apenas a Sussurro murmurio para começar.

Se os Acid Mothers Temple arrasaram sempre que os vi ao vivo, consigo imaginar os Uivo Zebra a agarrarem uma sala da mesma forma. A essência está lá toda. Que mais se podia esperar de uma guitarra, um baixo e bateria?

Para mim é o trio perfeito de instrumentos!

Sussurro murmurio é a entrada num quarto cheio de sensações à espera de serem despertas. É o início da dança entre o baixo e a guitarra, onde a bateria do João Sousa completa, e tão bem, o trio.

Da capa - da autoria do Hêrnani (que além de ser um excelente baixista e contrabaixista, tira fotos altamente) - à sonoridade, o disco tem tudo o que é preciso para se ficar de “papo cheio”.

Cãibra tumulto só me fez crescer o arrependimento de ter falhado o concerto. “Isto ao vivo deve ser tão bom” - pensamento recorrente nos minutos que passaram desde que carreguei no play.

A guitarra do Jorge Nuno enche o ambiente desta segunda faixa e vem à tona a cena mais rockeira.

Aos quatro minutos já estou no momento em que tudo é desconcertante e o ouvido está completamente estimulado.

O baixo do Hernâni marca a minha respiração cada vez mais ritmada em Abismo uivo até estar completamente abstraída de tudo o que me rodeia.

Assumo que há discos que oiço e que a meio já estou a escrever a lista de compras para ir ao supermercado e desisti de ouvir. Este, definitivamente, não é um deles!

Não que exista algum problema em pensar em bens alimentares enquanto se ouve um disco mas se a atenção dispersou então é porque não me agarrou.

Este faz-nos parar tudo e ouvi-lo com atenção. Não o ponhas a tocar só porque sim, combinado?

Irão perceber onde quero chegar em Urro estridulo. É ir direto à faixa quatro! São doze minutos e dezanove segundos bons mas bons.

Este trio tem tudo o que se quer ouvir: entendimento, bons músicos, um diálogo interessante e momentos que aguçam sensações.

A não perder o próximo concerto ao vivo!

Quem ainda não ouviu não tem nada que enganar. É ir ouvir.

Fechar com Abalo sismico é fechar o disco com a intensidade certa.

Um disco da Bocian altamente recomendável!


Créditos


Jorge Nuno: electric guitar

Hernâni Faustino: electric bass

João Sousa: drums

recorded and mixed by Eduardo Vinhas at Golden Pony Studios in Lisbon, March 2017

Mastered by James Plotkin

Cover photo by Hernâni Faustino

Band photos by Nuno Martins

Designed by Joanna John

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